Na nossa sociedade, como em todo o Ocidente atualmente, existe uma preocupação à volta do uso de palavras que podem transmitir injúrias. Alguns desses termos vão desaparecendo do nosso vocabulário porque, conscientemente, preferimos aderir valores alternativos (feministas, multiculturalistas ou não discriminatórios). Porém, este autocontrolo exercido sobre a linguagem consolidou a figura jurídica do discurso de ódio, tão interessante quanto frequentemente invocada para reprimir as liberdades coletivas. O debate toca diversos temas, da correção política à ilusão duma língua neutra, e, sobretudo, exige que nos tornemos inteligíveis como falantes. Mas que é o que queremos, realmente, dizer?
Con Teresa Moure, na quinta-feira, 24 de outubro, às 20 horas, no ciclo Para estar no mapa do mundo.